segunda-feira, 25 de abril de 2016

Variação dos Contextos Documentais

Seguindo-se os comandos da atividade de Variação dos Contextos Documentais, proposta no blog Diplomatica e Tipologia, onde dever-se-ia analisar os três documentos arquivístico do seu respectivo grupo, no caso a Ciência Hemérica, abordando como eles podem e conseguem se configurar como documentos museológicos, tendo como base o texto "Museologia e patrimônio Interdisciplinar do campo: história de um desneho (inter)ativo", da Diana Farjalla Correia Lima, tem-se as respectivas análises:

Destaca-se, conforme a leitura, que com as recentes mudanças na área da Museologia possibilitou-sereformular o alcance do objeto conceitual museológico à ligações interdisciplinares com diversos campos do conhecimento humano, que passam a enquadrar "bens naturais" (Onde o conceito de patrimônio cultural passa a se interpretado de forma que há um "valor cultural" atribuído em que a percepção cultural elabora uma construção de registro da memória fundada na relação ou interindependência entre social e ambiente natural, assim atribuindo valor de herança coletiva),"produções imateriais" ( que enquadram materiais intangíveis, isto é, daqueles que com carência de suporte físico, mas que são partes da representação da memória coletiva, considerados "patrimônios vivos" e assim passíveis de ser componentes de "acervos museológicos", como por exemplo relatos de memória oral, danças, costumes etc.) e que seexpande o conceito de museu (Invés de fixar-se na visão tradicional de um estabelecimento para práticas museológicas, em coleções, foca-se em olhar e ler de de grupos comunitários, o que faz surgir os "ecomuseus").O que abarcaria os museus, arquivos e bibliotecas, como locais de guarda de bens culturais (patrimônios).

Além disso, considerando o Artigo "O Conceito de Documento em Arquivologia, Biblioteconomia e Museologia", é relevante destacar: 1- O homem é quem escolhe o que vai guardar para gerações futuras, sendo este um processo subjetivo, chamado de musealização - onde faz-se uma valorização seletiva no conjunto de ações que visa a transformação do objeto em documento e sua comunicação (TANUS, RENAU, ARAUJO apud CURY, 2005, p. 25); e 2- Os documentos passam a ser vistos como simbólicos, além do físicos, e assim o documento é tido como um monumento e herança do passado, e dos quais são geralmente edificado por meio de obras monumentais e além dos registros gráficos, considerando os como reflexo do contexto de determinado tempo-espaço. (TANUS, RENAU, ARAUJO apud LE GOFF, 1994)

Já se frisando na relação arquivo museuponderar-se-ia ainda que os registros são relatos e provas de atos ocorridos, dos quais muitas vezes em imagens, e assim os Arquivos são um local de memóriaque necessitam de tratamento específico para preservação e conservação, devido a importância cultural atribuída pelo coletivo, na construção da memória e da história, sobre tais conjuntos documentais. 

Por fim, segundo Cury, o requisito básico para que uma peça seja considerada museológica reside no radical da palavra: a existência de um museu, ou seja, um local de estranhamento onde as obras poderão ser observadas com o olhar clínico de um visitante que questiona e aprecia as obras apresentadas, portanto que as estranha ao não olhá-las como objeto comum e sim como objeto portador de significado.

Assumindo a existência de um museu dedicado a Ciência Hemérica, é necessário refletir se os objetos analisados se enquadrariam na Política de aquisição de obras do museu.

Analisando, verifica-se que os documentos escolhidos para atividade poderiam ser vistos como musealizáveis, adquirindo valor patrimonial por ser obras que evidenciam as metodologias do ensino deste conteúdo e enquanto reveladora de performances dos alunos frente a disciplina.

Os documentos escolhidos referentes ao exercício Seu Grupo Como um Fundo Arquivístico: 1-O próprio Blog; 2- a credencial para estacionamento em vaga especial e 3- os documentos MC Bite com as anotações em sala de aula resolvidos pelo grupo, mencionados na atividade Kit de documentos MCebyte, se enquadram como registro imaterial, cujo suporte ( que segundo os clássicos seria o material físico em que está registrado a informação) não pode ser vislumbrado facilmente, mas que faz parte da memória coletiva formada pelos integrantes do grupo e dos participantes das atividades em sala de aula. Assim, estes exercícios ressaltam o ponto de vista simbólico em um processo de musealização. 

Já os outros dois documentos, são registros em suporte papel e que também podem ser considerados museolizáveis devido ao seu possível valor atribuído pelo grupo hemera, que ressignifica e informa, além de ser parte da memória individual e coletiva em sala de aula.

Concluindo-se, portanto, que eles podem ser utilizados como evidência da metodologia desta época utilizada em sala de aula, bem como seria possível abstrair qualidades das performances dos alunos frente a metodologia aplicada e assim os ter como patrimônio do museu do grupo.

Neste sentido, é de se considerar que os objetos supramencionados possuem o pré-requisito informacional para ser considerado um objeto musealizável. 

Considerando ainda, que o respectivo museu dê o tratamento devido aos objetos, no âmbito da preservação e documentação, seguindo as prerrogativas legais e éticas, os objetos passariam a ser denominado obras que compõe um dos acervos do museu, e poderia então ser considerado um objeto museológico, de acordo com a definição estabelecida por Marília Xavier Cury, no livro Exposição - Concepção, Montagem e Avaliação.

Fontes de apoio:
1-http://www.enancib.ppgci.ufba.br/artigos/DMP--060.pdf
2-file:///C:/Users/Oficina/Downloads/220-777-1-PB.pdf

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